domingo, 13 de março de 2016

A velha oscilação entre o amor e a dor.

Voltar a escrever, significa que a dor voltou. 

Com o passar do tempo espera-se do ser humano que ele amadureça, é bem verdade. Mas, não há amadurecimento que lhe faça escapar de um mal existente, feroz, que precisa ser sentido: a dor. 

Terrível dor.
Ela nos traz grandes marcas, mas também nos traz algumas reflexões. Com isto, algumas respostas nos são dadas, enquanto algumas perguntas ainda permanecem sem explicações, sem fim, sem reposta nenhuma. Seja qual for a situação, a dor estará presente.
Não é pessimismo reconhecer este fato. As vezes, encarar a dor é um caminho tão mais fácil do que se perguntar sempre por que ela existe. Ela existe, fim. Mas há outras formas também de encarar a dor. Se pararmos pra pensar, a dor sempre é resultante das coisas boas. A mágoa, por exemplo, é por acreditar que fulano não lhe causaria nenhum mal. A decepção, é resultante de uma confiança "em excesso" (nunca é em excesso, em outra oportunidade falo disso). E, chegando exatamente no ponto em que desejo, a dor, muitas vezes, pode ser resultante de tanto amor.
Amor.

Ainda sim é amor.
Sabe, eu sempre me pergunto se serei aquela eterna criança que acredita que o amor, mesmo com tantos danos ainda sim é o sentimento mais bonito do mundo. E, grande parte das vezes eu me convenço de que sofrer por amor é a dor mais bonita (e terrível) que o ser humano pode sentir. Isto significa que ele ainda é humano. Ainda se permite amar. Ainda acorda e se reveste de amor pra dar. 

Mas a confusão aí está. 
Quais as características de quem se permite amar? Qual o nível de sinceridade daquele escolhe amar. Ele escolheu amar?
A dúvida volta. O amor estaciona. A dor se renova. O ciclo se repete.

Ah, pequeno coração. Convença-me que tudo isto é amor, inclusive a dor.


Matheus Araujo Dias

2 comentários:

  1. Simplesmente feliz comigo mesmo por ter parado tudo pra ler esse texto (talvez possa chamá-lo de desabafo também) que me ajudou a entender e, de certa forma, apreciar algo que estou sentindo também: a dor mais bonita. Meu sincero "arrasou" e, obrigado por conseguir me tocar com suas palavras.

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