quarta-feira, 16 de março de 2016

Teoria falha do amor

Já me disseram que eu sou carregado de teorias. Ah, quem me dera...
Queria eu ter uma escapatória para todas as coisas que acontecem em minha vida. Tem situações que claro, você consegue formular, nem que seja em sua mente, qual caminho está traçando. É óbvio. É questão de se pensar pra concluir, ou tão somente refletir.
Mas, este lance de possuir ou não uma teoria é bem complexo. Escolher não refletir, não pensar, ignorar, não significa que você não segue uma teoria. Sua teoria é esta: deixar o tempo tomar conta. As vezes funciona, mas na maioria delas é injusto. 

O fato é que somos seres humanos, pensantes e - às vezes - racionais. Se fizermos joguinhos com nós mesmos a fim de ignorar todas as coisas que nos acontecem com medo de não se embaraçar, veremos que só o fato de nos enganar já nos faz extremamente embaraçados. Não nos tornamos atrativos, sabe? Somos apenas mais um...
Não estou querendo te convencer de que você sempre pode ter o controle de tudo em tuas mãos. Não terá, sabemos! Mas, existem coisas que podem ser claras em nossas cabeças. O amor, por exemplo, ninguém sabe descrever com perfeição a forma em que se propaga, mas quando chega, apenas chega. Sem pedir permissão. Sem deixar dúvidas. Sem deixar ser controlado.
Sabe, o amor é perceptível, aproveita toda e qualquer oportunidade que tem. Ora é justo, outrora injusto. O amor, nos convence de nos permitir, de tentar e recomeçar. O amor, se contrapõe com as nossas razões e simplesmente se acomoda, dizendo através de sua chama mais quente que chegou e veio pra ficar.
Mas tem horas que parece que a razão se engrandece e grita a fim de te convencer: "Ei, acorda! Só valerá a pena todo o amor ficar se for pra somar.". 

E, nestas horas não são as situações, nem amigos, nem romances, nem paixões, nem tampouco desilusões que tiram o amor de dentro de nós. Ninguém assim consegue. As coisas não são substituíveis. Entenda, a única pessoa que pode retirar um amor de dentro de si, é você mesmo. E, quando você começa a pensar nessa possibilidade percebe que o amor não morreu, mas as suas razões ganharam força o suficiente - talvez - pra apagar todo o fogo que um dia permitiu te consumir. 
A dúvida cruel, mediante todas as tentativas - falhas ou não - de parar ou continuar é justamente essa: se for amor, vai voltar ou deveria ficar?
Estão vendo? Não sou tão interessante assim. Dentro de mim ainda existem perguntas sem respostas, sentimentos sem reciprocidade, alternativas sem sentidos.
Sentido.

Para todos os efeitos, a vida precisa de um sentido. 
Matheus Araujo Dias

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