sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Prazer, meu nome é carência.


Sonhos podem trazer muitos assuntos a tona, mas os meus geralmente me perseguem com a mesma coisa: a bendita/maldita carência. E é sempre o mesmo sonho, mas com pessoas diferentes, e mais, pessoas que nunca vi na vida. É até meio irônico você ficar carente, sonhando com pessoas que nunca viu... mas o fato, é o contato! É ele que acaba com tudo. Ele que me faz querer tomar decisões precipitadas... Eu até chego a me perguntar, se isso é realmente um sonho, ou um pesadelo.
Sim, um pesadelo! Até porquê a carência te faz lembrar de tudo aquilo que você ainda não tem, tinha ou nunca teve. A carência te deixa numa posição de incômodo, porque você sempre se sente sozinho. Não há palavras de amor que preencha. Não há carinho de mãe que absorve. Não há...
A carência de certa forma te deixa mais sensível, você fica mais devagar, porém, por outro lado, te faz atropelar as coisas, desejando, almejando, querendo, buscando, desesperadamente, incontrolavelmente alguém para chamar de seu... e as coisas não devem ser assim, na pressa.
Na verdade, a única coisa que ás vezes precisamos é colo. Algum ouvido que ouça toda a nossa história do dia. Algum ombro para encostar. Um colo para deitar e simplesmente não dizer nada. Um cheiro para nos confortar. Uma mão para nos esquentar...
Ah, chega ! A carência só nós faz imaginar, imaginar... mas tudo bem, eu sei que um dia ela vai (e sei também que volta), mas o que é meu, está guardado, e vou fazer de um modo tão direitinho, que vai valer a pena, superar todas as visitas da minha "amiga" carência.

Matheus Araujo Dias

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