domingo, 17 de maio de 2015

A verdade é que a saudade gera vontade

 Era pra ser verdade, não saudade. Mas tudo se confunde, todas as vezes que você se vai. A nossa verdade vira saudade e, veja bem, meu bem, queria que fosse apenas verdade.
A verdade que bate a minha porta todos os dias dizendo da vontade imensa de ficar. A saudade que repulsa, a cada instante, dizendo que existe chuva, mas nem sempre é pra se molhar. Ah, saudade! E se eu pudesse, amor, descrevê-lo com toda a minha verdade, dentre tantas outras palavras hoje seria...
 Saudade de ouvir dizer que nada faz sentido, ou as vezes faz, tanto faz. Quem quer saber o porquê quando começa a satisfazer? E nem entender os motivos, se és digno ou não de merecer... Só quer viver, preencher, como uma verdade avassaladora batendo de novo a sua porta e repetindo: vontade.
 Olha amor, quanta coisa rolou. Então não é justo despedir-se de mim justo no ápice da verdade. A batida da porta do ônibus soa como uma punição que se completa a cada giro de catraca, quase que me gritando: não, hoje não. Sentei, você bocejou. Desci, você não olhou. Parti, e você ficou.
 Se todas as vezes que eu pensasse em você lhe trouxesse pra mim, eu juro, juro mesmo, que não me incomodaria de sentir saudade. Ou vontade, não sei, tanto faz. Essa é que é a verdade. O amor é verdade!

 Matheus Araujo Dias

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