segunda-feira, 30 de julho de 2012

Mas... não existe mais!

Dedicado a: você, que vive como um turista.
Eu queria ter a oportunidade de comandar os meus pensamentos, para não me fazer levar a momentos que não estou afim de lembrar... mas, a gente não escolhe. Ou até mesmo escolhe, só que não sabemos tudo o que está por vir depois. Mas houve momentos bons, eu sei que sim ! Eu me lembro de como tudo começou... das temporadas que você viveu, aqui, comigo. Porque na verdade, foram sempre temporadas não é mesmo ? Eu nunca entendi ao certo, o porquê das coisas serem assim com a gente. Parecia (pelo menos de minha parte), que tudo fluía tão fácil quando eu "tinha" você! Sabe, não existia um esforço para fazer uma piada, para dar um sorriso, para mandar uma mensagem de bom dia, ou até mesmo para virar a noite acordado, por você! Nunca foi um sacrifício pra mim trabalhar virado, depois de falar horas com você! Mas, sempre foram temporadas. Você sempre sumia, eu sempre sumia, e de repente, o contato parava. Coisas bestas, coisas exageradas, com razão, ou sem razão, não importava... com a mesma facilidade que tudo fluía, tudo se perdia conforme um tempo, mas se resgatava no outro. Era como, se permite dizer assim bebê, que o tempo nos dava oportunidade de resolver nossas vidas, e depois nos fazíamos perder tudo que a gente conquistava, um com o outro. Ou não... o tempo talvez, queria nos deixar evidente que tudo voltava ao normal depois de um determinado intervalo, porque não tínhamos para onde fugir... porque era aquilo que tínhamos pra viver. Eu não sei, eu nunca soube, afinal, a forma como você vê ou sempre viu toda essa situação. Eu não sei até onde você sentiu, ou se você viveu por viver. Eu não sei... eu queria saber, eu queria escolher, eu queria ter o domínio, mas não tenho. Eu sempre me pego lembrando de como eu fiquei animado de comprar um notebook só pra dizer pra você que tinha. Não por orgulho, mas por ter algo pra compartilhar. Eu sei, que é bobo, mas eu queria que quando me mudasse, fosse para o meu quarto novo, abrisse o computador, e compartilhasse com você o adesivo da parede, minha nova cama, meu novo armário... eram coisas simples, sempre foi tudo simples, sempre foi tão natural, mas... não existe mais ! Eu me lembro também do sentido que você me dava para tudo, e das vezes que eu colocava aquele tênis que você gostava, mas que ficou parado desde o momento que todo encanto acabou. Ah, como eu sempre fui besta, e acreditei em coisas bestas quando "estava" com você. Acredite, ou não, sempre foi uma amizade bonita, mas... não existe mais! Se é assim que era pra ser ? Não sei... Eu não sei, de verdade. Eu não tenho o controle de nada, nem de mim mesmo, por enquanto. Eu nem sei o que eu estou vivendo. Eu só estou vivendo de lembranças... mas acredito, que será assim, por enquanto. Seja como for, deixa eu me lembrar das vezes que você atravessava a avenida e vinha de encontro "a mim". Deixa eu me lembrar do coração palpitando, da voz falhando, do cheirinho de bebê e do que restava depois desses intantes.

Matheus Araujo Dias.

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